1.1 Noções gerais
- sublinhar com lápis preto macio, para não danificar o texto;
- sublinhar com dois traços as idéias principais e com um traço as secundárias;
- dependendo do gosto pessoal, usa-se caneta hidrocor, em carias cores, podendo-se estabelecer um código particular:
vermelho (ou verde) = idéias principais;
azul (ou amarelo) = detalhes mais importantes; - as anotações à margem do texto podem ser feitas com um traço vertical para trechos importantes e dois traços verticais para os importantíssimos.
E para analisar se a técnica teve eficiência desejada, é recomendado “no final do trabalho, fazer uma leitura comparando-se o texto original com o que foi sublinhado” .
2 ESQUEMATIZAR
Para Rauen “esquema é um tipo de produção textual que explicita a linha diretriz do autor de um documento de base” .
Assim esquema é a apresentação do texto, colocando em destaque os elementos de maior importância. Sua finalidade é difundir mais amplamente as informações facilitando para o leitor sua compreensão. Utiliza-se o esquema como meio facilitador para a memorização e a explicação do texto, usam-se muito pra tal feito linhas, setas, círculos colchetes, entre símbolos diversos.
2.1 Características do esquema
Na elaboração de esquemas, para que não fujam de seu projeto principal que é simplificar ao leitor a compreensão do texto, algumas características devem ser ressaltadas e observadas. Segundo Salomon:
Fidelidade ao texto original: deve conter as idéias do autor, sem modificação ou pontos de vistas pessoais;
Estrutura lógica do assunto: partir sempre da idéia principal, depois para seus respectivos detalhes;
Adequação ao assunto estudado e funcionalidade: o esquema deve ser flexível, adaptado ao tipo de matéria a ser estudada. Os assuntos mais profundos com mais detalhes e os mais fáceis apenas com palavras chaves;
Utilidade de seu emprego: o esquema deve facilitar a pesquisa assim como sua revisão, deixando em evidencias seus pontos chaves;
Cunho pessoal: cada pessoa tem seu próprio jeito de fazer esquemas, portanto, um esquema feito por alguma pessoa raramente ira servir á outra.
2.2 Utilidade do esquema
É resumir textos muito grandes e densos para que o leitor o entenda sem que aja uma leitura completa do texto. Muito utilizado em estudos para provas, matéria a ser dada por professores, métodos para a realização de trabalhos técnicos, entre outros.
2.3 Elaboração de esquema
Existem várias maneiras para elaboração de um esquema. Porém, é necessário que o esquema expresse palavras que contém a idéia principal.
Um esquema deve estar de acordo com a realidade. Deve-se sintetizar o tema e não modificá-lo, desenvolvendo o esquema de acordo com o tema.
Enfim, para elaboração de um esquema, são necessárias várias leituras do tema. Destas leituras precisa-se marcar um ponto de partida, destacar a idéia principal e seguir uma linha de fatos ligados entre si. Estes fatos devem conter as expressões principais.
2.3.1 Recomendações para elaboração de esquemas
a) Captar a estrutura da exposição do autor quer se trate de um livro, de uma seção, de um capítulo. Pode-se obter o esboço inicial a partir dos títulos, subtítulos e das epigrafes. Estas funcionam como guias e indicadores.
b) Colocar os títulos mais gerais numa margem e os subtítulos e divisões nas colunas subseqüentes e assim sucessivamente, caminhando da esquerda para a direita.
c) Utilizar o sistema de numeração progressiva (1, 1,1, 1,2, 1.2.1, 2 etc.) ou convencionar o uso de algarismos romanos, letras maiúsculas, minúsculas, números, etc., para indicar as divisões e subdivisões sucessivas.
d) Usar alguns símbolos convencionais e convencionar abreviaturas para poupar tempo e facilitar a captação rápida das idéias. Assim, por exemplo:
→ para indicar: “produz”, “decorre”, “por conseguinte”, “conduz a”, “resulta” etc. Ex.: grupo minoritário → marginalização;
♂ para indicar sexo masculino — homem;
♀ para indicar sexo feminino — mulher;
☺ para indicar sujeito — indivíduo, homem etc.
2.4 Exemplo
O industrialismo tem como imperativo máximo à conquista do velho pelo novo; e está forçando a humanidade a marchar através da história a um ritmo cada vez mais rápido. Porém, fixa somente a direção geral dessa marcha. A natureza geral do caminho define muitos caracteres específicos que de outra maneira aparecem como mistos e inclusive acidentais. Outra questão é porque um caminho ou outro é escolhido ou aceito pelos homens, ou imposto a eles. O industrialismo é introduzido por elites nativas ou estrangeiras, grupos de homens que pretendem conquistar a sociedade através da superioridade dos novos meios de produção. A nova sociedade, ao longo do tempo e sob um ou outro auspício, está sempre destinada a ganhar. A grande questão dramática não é se o industrialismo haverá de obter a supremacia, mas qual será seu enfoque conceitual da organização da industrialização.
2.4.1 Esquema do exemplo
Industrialismo
Conquista do velho pelo novo;
Fixa a direção geral da marcha.
Caminho
Define muito dos caracteres específicos;
Por que um ou outro é escolhido?
Elite
Deseja conquistar a sociedade;
A nova é destinada a ganhar;
Como organizará a industrialização.
REFERÊNCIA
1 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed.; rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1991.
2 MARCANTONIO, Antonia Terezinha; SANTOS, Martha Maria dos; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Elaboração e divulgação do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1993.
3 ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
4 SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 10 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
5 SIMIÃO, Daniel Schroeter. et al. Organizando a Informação: esquema, fichamento, resumo.
6 NUNES, Luiz Antonio. Manual da monografia jurídica: como se faz uma monografia, uma dissertação, uma tese. 5. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007.
7 RAUEN, Fábio José. Roteiros de investigação científica. Tubarão: Ed. UNISUL, 2002.